Nos dias 14, 15 e 16, voluntários de todo o Brasil se reuniram em São Roque para participarem de uma série de treinamentos e integrações

Cumprindo com a tradição anual, nossa equipe de comunidades organizou, em fevereiro, mais um Encontro de Facilitadores. Dessa vez o local escolhido para sediar o evento foi uma chácara localizada em São Roque. Os três dias de encontro foram planejados com muito carinho e dedicação para que todos os facilitadores e voluntários, que se deslocaram das mais diversas regiões do Brasil, pudessem desfrutar de um final de semana divertido, com trocas de experiências e ensinamentos.

No primeiro dia, os voluntários foram recebidos em São Paulo no escritório do Greenpeace Brasil, onde fizeram um tour e conheceram um pouco mais sobre cada setor e pelo o que cada pessoa é responsável dentro da organização. Depois, eles partiram rumo a São Roque e, chegando por lá, se acomodaram, jantaram e fizeram breves apresentações. Do segundo ao quarto dia a programação foi preenchida por treinamentos como o de segurança da informação, processos financeiros, reformulação do Projeto Escola, atividades que envolvem riscos, código de conduta da organização e etc.

Voluntários em roda de conversa

 

Para fixar os aprendizados e solucionar dúvidas, o grupo participou de diversas dinâmicas facilitadas de forma criativa pela equipe. Uma das atividades escolhidas envolveu também a dinâmica F.O.F.A, que visa identificar forças, oportunidades, fraquezas e ameaças de cada grupo, para, juntos, pensarem em como falar sobre a crise climática e consolidar o movimento pelo clima em suas localidades. Os voluntários também foram imersos em 7 simulações de situações conflituosas para que aprendessem as manobras mais adequadas de reação em cada uma das possibilidades.

Voluntários realizando dinâmica ao ar livre

 

Nas dinâmicas e jogos de aprendizados, os voluntários puderam escrever, movimentar, conversar, perguntar, desenhar, rir e principalmente entender, de fato, toda a teoria que foi passada nas apresentações montadas pela equipe de comunidades. Eles tiveram também a oportunidade de fazerem suas próprias apresentações, afinal, cada grupo de voluntário espalhado pelo Brasil possui sua própria história e singularidade. As falas dos representantes foram extremamente válidas para que eles se conhecessem um pouco mais e entendessem quem são esses grupos parceiros que estão, ainda que muitas vezes distante, se mobilizando juntos durante todo o ano. Personificar a união e enxergar quem são as pessoas por trás das redes sociais fortalece a comunicação dos grupos e melhora o desempenho de todos.

Nas horas livres, os participantes puderam desfrutar do espaço extenso da chácara em que foram hospedados. O ambiente, além de proporcionar uma vista incrível, também permitiu que os voluntas entrassem em contato com a natureza, aproveitassem a piscina e os demais espaços disponíveis. Eles levaram jogos para jogarem juntos, improvisaram algumas brincadeiras e até fizeram uma fogueira, onde se reuniram e cantaram lado a lado.

Voluntários desfrutando da área aberta da chácara

 

Dentre os objetivos pensados a partir de um encontro como esse está o interesse em fortalecer a rede e a relação entre os facilitadores, reconhecer a importância da gestão e liderança no papel de facilitador, alinhar o conhecimento entre os voluntários, para que todos compreendam os objetivos e prioridades da organização e possam agir seguindo a mesma direção. São em momentos como esse que todos percebem a importância de se entender melhor os processos e suas ferramentas, de se replicar conteúdos gerados por cada grupo. O propósito de tudo isso é incentivar a cooperação, a comunicação e a empatia, além de claro, inspirar o ativismo dentro de cada um para que tenham vontade de mobilizar cada vez mais pessoas. Para entender a percepção dos voluntários sobre o evento deste ano, conversamos com algumas das facilitadoras e voluntárias que participaram para saber o que esse final de semana significou para elas.

Priscila Rocha, representante de Brasília, diz ter mudado após o encontro e se tornado uma pessoa muito mais paciente, com capacidade de argumentação. “Proporciona um conhecimento muito amplo, não só como ativista mas também como pessoa”, disse a voluntária, que está no Greenpeace desde 2014. Para ela, “foi maravilhoso conviver com pessoas de outras comunidades”. Quando perguntada sobre uma palavra que resumisse tudo o que ela viveu durante essa experiência, a voluntária escolheu “conhecimento”.

Cristiane Silva, nossa voluntária desde 2019 de Bertioga, entrou para o grupo fotografando e divulgando as atividades nas redes sociais. Hoje em dia ela é responsável por cuidar da agenda de ações, relatórios e posts nas redes e no Conexão Verde. Ela nos contou que ama ajudar as pessoas e estar em contato com a natureza, além de conhecer coisas e pessoas novas. O encontro, para ela, “ajudou a clarear a mente para uma série de questões que eu não entendia muito. Consegui entender melhor como é a gestão de pessoas que participam das causas que defendemos”. Ela explicou também que nos 4 dias de atividade acabou descobrindo uma paixão que nem mesmo ela sabia que possuía, e saiu muito mais inspirada a lutar por um mundo melhor e conscientizar pessoas. Sob o olhar dela, as dinâmicas foram maravilhosas pois serviram para aproximar as pessoas que estavam lá. Resumindo, por suas palavras, “o encontro foi uma experiência incrível, a troca de experiências, as vivências das pessoas, a recepção. Pra mim foi maravilhoso conhecer cada pessoa e como cada uma lida com suas causas e ações... Tudo o que eu tinha dúvida de como podia fazer ou melhorar eles me explicavam como faziam ou chamavam alguém que tinha mais experiência no assunto”.

Em nome do grupo de Belém, Kimberly, que se tornou voluntária na época em que estava para acontecer o Open Boat em sua cidade, em 2018, descreveu o encontro em uma só palavra: conexão. A dinâmica da F.O.F.A e a fogueira foram os momentos que, para ela, mais acrescentaram em sua vivência e que vão ser lembrados para sempre. “foi super divertido. Conhecemos mais sobre cada cidade, cada pessoa. Foi lindo”. Kimberly descreveu a experiência como enriquecedora pois enxergou como a ONG se expressa e como o trabalho de cada pessoa dentro dela importa. “Durante os ensinamentos, nós também pudemos contribuir bastante e esse foi o diferencial pois me senti inserida de fato no que é o Greenpeace Brasil. Aprender sobre como executar uma atividade com êxito, sobre como trabalhar mais com as redes sociais e sobre como conectar mais pessoas foi um choque de motivação e uma experiência renovadora. Eu me senti representada pela ONG, me senti motivada e feliz por conhecer gente do Brasil todo que luta pelas mesmas causas que eu.”

Depoimentos como esses nos fazem perceber a importância que a conexão possui. Entre os facilitadores, voluntários e quem trabalha na Organização. É de suma relevância perceber que o empenho diário de todos resulta em um trabalho cada vez mais eficaz e bonito. As metas para este ano e para os próximos, que também foram levantadas e detalhadas no encontro, visam mobilizar com mais eficiência e amplitude os debates da organização. A expectativa de todos é que cada vez mais pessoas se juntem ao Greenpeace e apoiem as causas. A partir deste encontro, os voluntários começam a agir com maior preparo e vão usufruir dos ensinamentos e bagagens que obtiveram no encontro, na esperança, mais do que nunca, de alcançarmos um mundo mais verde e justo.