Aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de janeiro o Encontro de Planejamento da Articulação Antinuclear do Ceará. O Greenpeace Fortaleza esteve presente nas várias rodas de conversa sobre as perspectivas de ações para a luta antinuclear no Ceará. Atualmente mais um licenciamento está sendo pautado no Ibama, essa é a 3º tentativa de licenciamento do projeto em quase 15 anos.
Representantes de diversas comunidades tradicionais estiveram na comunidade indígena Mundo Novo do movimento indígena Potiguar-tapuya na região de Monsenhor Tabosa. Diversos pontos decisivos para as comunidades impactadas pelo projeto foram abordados entre eles a resistência das culturas tradicionais diante das investidas de empresas internacionais pelo urânio e pelo fosfato em seus territórios.
Rejane Mateus, Agricultora do Assentamento Queimadas, que fica há apenas 6 km da jazida, é quem fala sobre o medo das comunidades que poderão vir a ser atingidas. “O maior receio é a saúde humana, o impacto negativo que vai trazer para nós, as doenças, a poluição do ar, a poluição da água, a poluição do solo. Com isso, consequentemente, trará as doenças, tanto respiratórias como outras demais. Nós já temos um índice de câncer muito alto nessa região, isso com o ar natural que, então, nós sabemos que a partir do momento que for mexido esse índice [de radiação] do ar vai ser muito alto e, consequentemente, ele vai aumentar também as doenças’’ (Brasil de Fato, 2022).
A persistência dos saberes tradicionais nas comunidades é essencial, e o papel da Articulação e das organizações que a compõe não se limita aos fatores técnicos da luta contra o licenciamento mas, alcança também o principio afetivo que nos mantém unidos e unidas pela permanências das compreensões de mundo capazes de manter a Mãe Terra viva.
Saiba mais sobre a luta: https://www.instagram.com/articulacaoantinuclearce/