RECIFE - A construção do Parque das Graças, obra que faz parte do Projeto Recife Cidade Parque do Capibaribe, que tem a finalidade de comemorar os 500 anos da capital pernambucana, vem preocupando até os moradores que sonhavam com as obras e participaram dos debates para discutir a concepção do projeto.
Nesta semana, a Prefeitura da Cidade do Recife promoveu uma gigante destruição da área de manguezal na localidade, o que gerou reações de ambientalistas, cidadãos e internautas.
Desabrigadas, as capivaras que viviam na mata, estão soltas pelas ruas da região, correndo riscos nas movimentadas vias da localidade. O Observatório do Meio Ambiente solicitou providências para a Superintendência Regional do Ibama e aguarda a decisão do órgão.
Segundo um dos responsáveis pelo projeto, a matança das árvores estão previstas no projeto, tendo em vista os avanços das edificações irregulares, o que não deixou espaço para a passagem da via do parque e desdenhou ao argumentar que " trata-se de vegetação de mangue que cresce rapidamente. Faltou adequada comunicação. ".
Mas a pergunta que está na boca do povo é justamente como se corrigir uma irregularidade, recorrendo a um crime ambiental? Já que o mangue é uma Área de Preservação Permanente (APP).
Pelas redes sociais, a Prefeitura do Recife publicou uma série de postagens para tentar se explicar:
Não convenceu! A população quer a imediata paralisação das obras (destruição da natureza) e uma agenda de debates com o Poder Público Municipal para rediscutir e apresentar novas ideias para um parque que de fato preserve e conserve a natureza, como já foi debatido há dez anos, quando se planejou o Cidade Parque do Capibaribe.
Na sexta-feira, 09 de abril, o Observatório do Meio Ambiente em conjunto com uma rede de ONGs entrou com uma representação junto ao Ministério Público do Estado de Pernambuco e estão estudando outras medidas para frear as ações criminosas por parte do municipalidade.